O julgamento de Éverton Bruno dos Santos Miranda, acusado de matar a empresária Gilvanete Nogueira, terminou agora há pouco. O Júri ocorreu no Fórum João Mangabeira, em Vitória da Conquista, durante todo o dia desta quinta-feira (22).
O crime teria sido motivado por uma dívida que o autor tinha com a empresária de R$ 15 mil, após utilizar o CNPJ da vítima para fazer compras. Os dois eram amigos e possuíam lojas na mesma galeria no Centro da cidade. A empresária foi morta em janeiro de 2021 e seu corpo foi desovado em um terreno baldio, na cidade de Barra do Choça. O corpo só foi localizado com o auxílio de uma cadela farejadora.
Éverton foi condenado 18 a anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A família da vítima marcou presença e pediu a pena máxima para o réu.
O crime repercutiu nacionalmente. Gilvanete era natural de Pernambuco e muito querida entre as pessoas que trabalham em lojas vizinhas à sua. Os funcionários fizeram protestos e pediram Justiça para o caso. Ela deixou uma filha e um neto.
Após a ouvida das testemunhas em plenário, o interrogatório do acusado, a manifestação do promotor de Justiça, Dr. José Junseira, da assistente de acusação, Dra. Luciana Silva e por fim, do defensor público, Dr. Henrique Silva, o corpo de Jurados entendeu pela condenação de Everton Bruno.
A sentença foi proferida em sessão presidida pela juíza Dra. Janine Soares de Matos Ferraz, que aplicou a pena de 18 anos.
Relembre o caso:
A empresária desapareceu dia 19 de janeiro de 2021, e seus últimos passos foram registrados no trajeto entre sua loja, na galeria Galeria Joaquim Correia, centro de Conquista e uma agência bancária.
Givanete sumiu depois de dizer a uma amiga que iria se encontrar com Éverton Bruno. A amiga contou à polícia que a empresária revelou estar apreensiva e que encontraria um homem por causa de uma dívida.
O corpo da vítima foi encontrado com apoio da cadela Drika, da polícia militar. A motivação para o crime, conforme restou apurado pela polícia civil, teria sido uma dívida contraída pelo acusado, em valor aproximado de R$ 15 mil. Ele teria usado o CNPJ da vítima pra fazer compras de mercadorias, revender e lucrar.
A família iniciou a procura pela empresária, mobilizando as redes sociais a fim de obter qualquer informação que ajudasse a localizá-la. No entanto, na manhã de uma quinta-feira (21 de janeiro), a polícia civil, já com pistas robustas, prendeu o suspeito de envolvimento no desaparecimento.
As investigações apontaram que o suspeito, então preso, cometera o crime porque se recusara a quitar uma dívida de R$ 15 mil com a vítima.
Em coletiva à imprensa, dia 8 de fevereiro de 2021, a polícia apresentou os resultados das investigações, que apontaram Everton como o responsável pela morte da empresária.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Gabriela Di Diego Garrido, ele não confessou o crime, mas apesar disso o inquérito foi concluído com indicação de homicídio triplamente qualificado, sendo que ele também passou a responder pelo crime de ocultação de cadáver.
“A gente percebe que o carro dele também entra na Barra do Choça, na entrada da cidade, nós saímos colhendo câmeras de estabelecimentos comerciais, ele entra na Barra do Choça saindo um tempo depois. Então a gente presumiu que ele tinha desovado o corpo lá”, explicou.
A polícia chegou a investigar se havia um relacionamento amoroso entre Givanete de Souza e Éverton Bruno, que foi descartada na conclusão do inquérito. Com isso, a possibilidade do suspeito responder por feminicídio foi refutada.
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