| Lula e Bolsonaro na reta final da eleição, com chances do petista vencer no 1º turno. |
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou se perder a eleição, passa a faixa, desiste da política e “não tem mais nada a fazer nessa Terra”. Não se sabe o que ele quis dizer, mas a expressão é de fim. Mas que fim? Getúlio Vargas, que tirou a própria vida, ou a derrota que se desenha nas principais pesquisas?
A Datafolha de ontem (15/09), revelou a duas semanas da eleição de 2 de outubro, o quadro eleitoral no país é de total estabilidade, nem Lula, nem Bolsonaro e muito mesmos os últimos da fila Ciro e Tebet saíram do lugar na margem de erro do levantamento. Com Lula 45%, Bolsonaro oscilando para baixo 33%, Ciro 8% e Tebet 5%.
Um claro sinal que os brasileiros na polarização já têm os seus candidatos e não mudam o voto até o dia do pleito. Isso, me refiro aos lideres das pesquisas: Lula e Bolsonaro.
Com mudanças de estratégia e movimentos erráticos, a campanha de Bolsonaro dá sinais de que não sabe mais o que fazer ao alcançar o teto de sua própria bolha, que é de 1/3 do eleitorado brasileiro que o segue desde que chegou ao Palácio do Planalto.
E olha que o presidente fez o diabo para detonar Lula e chegar líder nas pesquisas com uma série de benefícios como Auxilio Brasil, Auxilio Caminhoneiro e Vale Gás, além de pressionar para Petrobras baixar os preços dos combustíveis. Tudo isso, não foi capaz de mudar a rejeição da maioria do eleitorado brasileiro contra o presidente da republica.
Mesmo transformando as propagandas gratuitas da TV em ringue, com acusações de corrupção para ambos os lados, o anti-bolsonarismo fala mais alto que o anti-petismo em uma eleição na qual oito de cada dez eleitores se dizem decididos em quem votar.
Com tantos brasileiros decididos nessa eleição, e Lula de olho nos eleitores de Ciro Gomes (PDT), que tem apenas 47% de votantes que dizem ter certeza em manter sua posição, e Simone Tebet (MDB), com 47% dos votos seguros, sobram para o petista os chamados votos úteis dos candidatos de terceira via. Se Lula conseguir arrancar 4% dos eleitores de Ciro e Tebet, passa a régua e fecha a fatura no 1º turno. Para Bolsonaro só resta um caminho, torcer para que isso não aconteça.
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