sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Protesto é realizado em Licínio de Almeida contra poluição causada pela Bamin


Moradores de Licínio de Almeida protestaram na manhã desta quinta-feira (23) contra a poluição provocada pelo pó de minério nas ruas da cidade. A Bahia Mineração (Bamin) está fazendo o escoamento do mineral extraído da Mina Pedra de Ferro, em Caetité. Os manifestantes se concentraram na Praça Sônia Damasceno levando faixas com frases de protesto e foram em passeata até o pátio onde a Bamin armazena o minério, onde ficaram até o fim da tarde. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), cerca de 400 pessoas participaram da mobilização, que contou ainda com a presença de alguns representantes do poder público, como secretários e vereadores. A entidade afirma que a população vem denunciando os problemas desde o início do transporte do minério, e já convocaram várias reuniões para tentar exigir soluções da empresa. Além de exigir uma solução para os graves impactos que o minério causa sobre a saúde das famílias, a mobilização também reivindicou o asfaltamento do trecho da BA-156 que liga o município de Licínio de Almeida ao distrito caetiteense de Brejinho das Ametistas – estrada pela qual os caminhões da passam com o ferro extraído de Caetité.


Segundo os manifestantes, diversas pessoas, inclusive crianças, estão manifestando crescentes casos doenças alérgicas desde o início do transporte do minério. Ainda de acordo com manifestantes, essa não foi a primeira mobilização no município, mas até o momento não houve diálogo da empresa com a população para a apresentação de soluções. A nota da CPT afirmou que a Bamin atua com licença provisória no município de Caetité, onde executa o projeto Pedra de Ferro há cerca de um ano e meio. O minério é então transportado de caminhão até Licínio de Almeida, onde segue de trem pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) em direção ao porto de Tubarão, no Espírito Santo. Com esse trajeto, a Bamin tem uma capacidade de exploração de 800 mil toneladas de minério por ano. No entanto, com a perspectiva da conclusão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), esse número aumentaria para 20 milhões de toneladas.

Nonato Lobo
Nonato Lobo

Esta é uma breve biografia do autor do post.

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