Em uma decisão controversa, a Câmara Municipal de Bom Jesus da Serra negou a suplementação orçamentária solicitada pela prefeitura e aprovou apenas R$ 200 mil para a realização da tradicional festa de agosto, além de outras necessidades cruciais como transporte escolar, serviços de saúde e obras de calçamento. Este valor, considerado insuficiente, é o mais baixo já concedido na história do município, gerando grande insatisfação entre os moradores e a administração municipal.
A suplementação orçamentária, ao contrário do que alguns podem imaginar, não se trata de um pedido de empréstimo ou de mais recursos financeiros, mas sim de uma autorização para que o poder executivo possa utilizar os recursos já existentes nos cofres públicos. A negativa da Câmara em conceder a suplementação na íntegra forçou a prefeitura a tomar a difícil decisão de cancelar a festa de agosto, evento que movimenta a economia local e é aguardado com grande expectativa pela população.
Curiosamente, a própria Câmara Municipal, que possui despesas significativamente menores em comparação com a administração municipal, recentemente solicitou R$ 50 mil em suplementação orçamentária para cobrir seus custos, o que levanta questionamentos sobre os critérios adotados pelos vereadores na aprovação dos recursos.
A decisão da Câmara gerou críticas entre os moradores e lideranças locais, que veem o corte como um ataque direto à cultura e ao desenvolvimento do município. A festa de agosto, além de ser um evento tradicional, é uma importante fonte de renda para pequenos comerciantes e para o setor de serviços, que agora enfrentam um impacto negativo em suas economias.
A administração municipal, que já havia esclarecido a natureza do pedido de suplementação, lamentou a decisão e informou que está buscando alternativas para minimizar os danos causados pelo cancelamento da festa e pela limitação de recursos para outras áreas essenciais, como a saúde e a educação.
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